DNVBs: conheça a nova revolução no mundo da moda

Afinal, o que é uma DNVB?

A sigla DNVB significa Digitally Native Vertical Brand — Marcas Verticais Digitalmente Nativas. São marcas que já nascem digitais, com operações totalmente on-line e foco em consumidores também nativos digitais, como os Millennials e a Geração Z.

Essas empresas não dependem de uma loja física. Elas baseiam todo o seu processo de construção de marca, relacionamento e compras no ambiente on-line.

Com isso, as DNVBs adotam um modelo de negócio verticalizado. Ou seja, elas eliminam todos os intermediários, como os distribuidores, e controlam todo o processo de compra: da fabricação, até a venda para o consumidor final, envio da mercadoria e o atendimento de pós-venda.

Toda essa estrutura é utilizada para criar uma experiência de compra única para o cliente. Inclusive, as DNVBs são empresas que têm um propósito de marca muito claro e bem definido. Assim, elas conseguem se conectar com o público para além da mercadoria, criando vínculos de identificação ainda mais fortes baseados no propósito.

Tudo isso é fundamental para que a empresa se torne mais do que uma loja. Uma DNVB inspira seus consumidores e faz com que eles não só voltem a comprar, mas se tornem apaixonados pela ideia da marca.

💡 Veja também: Guia para fazer a sua marca de roupas crescer

The book of DNVB: a origem do termo

A ideia das empresas nativas digitais não é tão recente. Mas o termo DNVB em si foi criado por Andy Dunn, fundador e CEO da Bonobos, uma empresa norte-americana de moda masculina sob medida, apenas em 2016 em um artigo nomeado The Book of DNVB.

No artigo, o autor lista algumas das principais características de uma DNVB:

1. É uma marca que nasceu digital;
2. Seu principal meio de interagir com os consumidores e fazer transações é através da web;
3. O público-alvo são consumidores das gerações mais jovens, os “nativos digitais”; 
4. A marca tem estrutura verticalizada, por isso, independe de lojas físicas ou e-commerces para sua existência;
5. Experiência do cliente é o seu principal foco;
6. Existe relacionamento e intimidade com os consumidores;
7. Embora tenha nascido digitalmente, uma DNVB também pode se estender para o off-line. 

Além disso, outro ponto importante que o autor traz é a diferença de uma DNVB para um e-commerce. Na prática, o e-commerce é apenas um canal de vendas da DNVB. Ele é uma ferramenta importante para a sobrevivência da marca, mas não é a marca em si.

Quais as vantagens de uma marca nativa digital?

Controlar todo o processo de compra de uma marca de maneira verticalizada, como fazem as DNVBs, pode ser um grande desafio de logística e administração. 

Mas, por outro lado, essas empresas possuem vantagens que as colocam em uma posição de mercado mais confortável — e mais segura! — do que os varejistas tradicionais.

Mesmo uma DNVB pequena consegue colher os frutos dos principais benefícios desse modelo de negócio, como:

• Maior faturamento: como trabalham com mercadorias próprias e sem intermediários, as marcas digitais conseguem custos de operação mais baixos e margens de lucro mais altas;
• Relacionamento com o consumidor: atuando de ponta a ponta do processo de compra, as DNVBs conseguem obter feedbacks para oferecer produtos mais assertivos, aumentando as vendas;
• Fidelização do cliente: o controle de toda a experiência de compra garante a qualidade em cada processo, fazendo com que os consumidores sempre voltem a comprar da marca,
• Preparada para o futuro: as grandes marcas lidam com o desafio de se tornarem digitais, já as DNVBs já nasceram nesse meio e têm domínio total da sua presença on-line, saindo à frente da concorrência.

Como é o mercado de empresas nativas digitais?

Apesar de parecer muito distante da realidade do dia-a-dia, o mercado de empresas nativas digitais pode estar mais próximo do que você pensa. Algumas grandes marcas brasileiras são DNVBs, como a Amaro, a Pantys e a Sallve.

Isso porque essas marcas já extrapolaram o digital e alcançaram o mercado off-line para se aproximar ainda mais dos consumidores. Ou seja, o e-commerce é o principal canal usado pelas DNVBs, mas não é necessariamente o único.

Inclusive, existe uma tendência crescente de parceria das empresas nativas digitais com varejistas de lojas físicas ou mesmo marketplaces para expandir as possibilidades da experiência de compra do consumidor.

Entretanto, um dos pilares das DNVBs é o controle da qualidade de todo o processo. Por isso, o mercado de parcerias é focado principalmente em lojas premium que possam garantir a qualidade da experiência e a manutenção do valor da marca.

Como trazer uma DNVB para a sua loja?

DNVBs são marcas exclusivas e altamente seletivas. Por isso, trazer essa referência para a sua loja de roupas pode aumentar a percepção de valor do seu negócio e te posicionar como autoridade no mercado.

Trazer uma dessas marcas para a sua empresa pode ser um desafio. Mas, para te ajudar nessa missão, a brands.HUB acaba de fechar uma nova parceria em seu catálogo de marcas: a Gallerist.

Há 10 anos no mercado, a Gallerist é uma marca nativa digital que começou no ambiente on-line, conquistou o mercado off-line com quatro lojas físicas e se tornou a quinta etiqueta brasileira mais vendida no site internacional do Farfetch.

Além de ser uma das melhores multimarcas do mercado, com mais de cinquenta marcas nacionais e com algumas grifes internacionais em negociação, a Gallerist também conta com designers de todo o Brasil produzindo peças exclusivas para o site. 

Hoje, a empresa possui cinco marcas próprias de roupa: a pioneira Framed; a Allmost Vintage, com peças em clima retrô; a infantil Edamami; a Clemence, com peças básicas; e a Linnen, focada em resort wear.